A MORTE DO CONSENSO DE WASHINGTON*
O que estamos aprendendo com a crise financeira de 2008
Uma das lições da crise é que a ansiedade por ter lucros financeiros desvinculados da produção e a crença que isso poderia permanecer de forma estável chega ao fim quando fica evidente que tudo tem um preço nesta vida e que não há lucros sem riscos. Nesse momento, pede-se o socorro ao Estado para salvar, resgatar, regular e nacionalizar, e volta-se às teorias econômicas mais vinculadas com a produção e a distribuição. As idéias de Hayek e do Consenso de Washington estão mortas. Oscar Ugarteche - ALAI AMLATINA
Os contágios vinham de bolsas infectadas, não de bolsas sólidas. A moeda era essencial para o contágio via as bruscas desvalorizações. No caso dos EUA, sua moeda não podia se desvalorizar porque o mundo se relacionava com o dólar. Então o que ocorria eram valorizações frente ao dólar.Nesta crise estamos aprendendo que, quando se trata de uma grande crise na bolsa dos Estados Unidos, somada a problemas na economia, então não há contágio, mas sim o que se chama de “crise global”.
Oscar Ugarteche*
Economista peruano, trabalha no Instituto de Investigações Econômicas da Universidade Autônoma do México, e integra a Rede Latinoamericana de Dívida, Desenvolvimento e Direitos (Latindadd). É presidente da ALAI e integrante do Observatório Econômico da América Latina (Obela).
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